segunda-feira, 22 de julho de 2013

Análise: Get Rich Or Die Tryin - 50Cent

E aí, rapa, suave? Estou aqui pra falar de um dos álbuns do 50 Cent que escutei muito, intitulado Get Rich or Die Tryin' lançado em 2003.



Antes de mais de nada, gosto de frisar que não tenho preferências nos estilos de "Rap", ele pode ser de qualquer tipo. Mainstream, Underground, Trap, Gangsta ou até  misturado com outros gêneros, o importante é que seja música boa por algum motivo, pela letra, pela produção ou pelo conjunto, eu aprecio música e pronto. Por isso, lembrem-se, o texto é fruto de uma visão totalmente apaixonada e sem nenhum estudo específico da coisa, em poucas palavras, são só alguns pensamentos e algumas conclusões a cerca da obra.

O que eu consigo lembrar da época em que foi lançado Get Rich or Die Tryin', é que, além do pouco conhecimento que eu tinha no inglês (não mudou muito, rs), o Rap norte-americano já havia passado por uma transição de protestos do gueto para o romântico/sexy/pop. Sim, o gueto estava amando. Acho até que foi um ciclo normal, todos sabem disso, se é vendível faz sucesso, não importa. O que mais se ouvia naquela época eram aqueles sons do Ja Rule e seus derivados com aquele amontoado de refrões batidos (nada contra o Ja Rule, que curto muito, aliás, tenho uns três álbuns dele, da época que a gente ainda comprava cd na galeria). Tinham também aqueles rappers que juravam que eram cafetões, nada diferente de hoje, mas não havia previsão de mudança, ou seja, estávamos no marasmo. Era uma época de vacas gordas gerida por vacas surdas.

Eu não tinha muito conhecimento sobre a gama de sons e estilos que a época proporcionava, só ouvia e conhecia um som novo quando saía pra algum rolê (que era algo muito raro) ou quando tocava em rádios ou passava na TV, no caso na MTV. E quem lembra, sabe, era pouco Rap, muito pouco.

A notícia que chegou pra mim era que, o Eminem havia lançado um mano que era muito embaçado e ainda por cima era produzido pelo Dr. Dre! Essa chamada por si só já era interessante, então, eu tinha que ouvir. A primeira música de trabalho era muito boa.



In Da Club era pesada e tinha cara de festa, não podia dar errado. Perdi as contas de quantas vezes vi este vídeo-clipe. É difícil alguém que gosta de Rap que não reconhece esse beat. Foi uma entrada triunfal e que bebia da fonte do Rap inerte que havia se instalado naquele período.

Sobre o álbum, minha crítica é muito boa. Participações óbvias como as de Eminem, Nate Dogg (que faz uma falta) e o esquadrão da G-Unit que brevemente seria lançado pelo o então rapstar do momento. Destaco as faixas Many Men, Wanksta, Heat, If I Can’t, Patiently Waiting e as mais conhecidas e saturadas pela mídia como P.I.M.P. (ele também era cafetão, rs), 21 Questions e a já citada In Da Club. De um modo geral, nas produções nem era um álbum tão incrível, mas hoje quando escuto, me lembra um pouco do estilo Underground (na sua devida proporção) ou só estou tendo essa impressão por causa dessa minha crise saudosista.



Sobre o 50 Cent o que posso complementar é que, consequentemente, com o passar do tempo ele se tornaria aquilo que eu tanto repudiei na época, mas não é uma crítica, gosto de alguns sons que ele lança atualmente, até porque, como eu sempre falo, tem coisas que são cíclicas, acabam indo pro mesmo caminho, não tem jeito. Teve até uma época que eu não curtia os trampos dele, mas ponho também na conta da superexposição que sempre acaba me esgotando.

Por fim, recomendo o álbum pra aquela escutada totalmente descompromissada e não pra quem quer ficar rico ou morrer tentando...

Site oficial: http://www.50cent.com/

Gostou? Achou zoado? Tem sugestões? Eu quero discutir, então, comente, debata, compartilhe este post e faça do RAP algo maior todos os dias!

Pedro Aragão aka P2A2
Evolução Vem De Algum Modo

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